Cada homem perdido, Senhor, multiplica em meu peito a dor. Na porta do meu quarto não percebem que estão mortos, Senhor, e procuram por meu corpo com ternura e com ardor.
Cada homem perdido multiplica a tristeza nos olhos do meu Pai e a solidão no meu caminho - barco que não encontra o cais.
Cada homem perdido me estende a mão. Cada homem perdido me pede para partir por uma estrada escura onde não se pode discernir a vergonha que se abate da sombra a me engolir.
Maurício de Macedo, o cara!
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